segunda-feira, 30 de julho de 2012

De extrativistas a gestores: castanha transforma a vida em comunidades da Amazônia

Para alguns povos e comunidades da Amazônia o extrativismo não é mais uma alternativa de subsistência e sim uma atividade lucrativa que age também como uma estratégia política de gestão ambiental e territorial. Povos indígenas, extrativistas e agricultores familiares do noroeste de Mato Grosso e sudeste de Rondônia produzem cerca de 500 toneladas de castanha-do-Brasil por safra, comercializadas, em média, a três reais o quilo. Hoje em dia a qualidade do produto é tão boa que já há compradores interessados em comercializar as amêndoas na Europa.

“Depois de anos investindo em infraestrutura e boas práticas, os povos da floresta com quem trabalhamos atingiram um alto padrão de qualidade na castanha-do-Brasil e já são referência na Amazônia”, explica Plácido Costa, coordenador do projeto Pacto das Águas, patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental e desenvolvido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Aripuanã.

“Estamos consolidando uma rede de parceiros institucionais, governamentais e até empresariais de onde surgiu a demanda de novos mercados para a castanha”, complementa. O projeto realiza ações de suporte à organização social de comunidades para o manejo e a comercialização de produtos florestais. São parceiros locais os povos indígenas Zoró e Rikbaktsa, além dos seringueiros da Reserva Extrativista Guariba - Roosevelt.

Para Costa, o investimento em infraestrutura e boas práticas permitiu que os parceiros passassem a produzir uma castanha de melhor qualidade, agregando valor ao produto. Com a ajuda de assessorias técnicas, esses povos conseguiram acessar novos mercados, garantindo que um preço justo pudesse ser pago aos extrativistas. Para se ter uma ideia, há dez anos, o preço pago pelos atravessadores oscilava entre R$ 0,50 e R$ 1,00. “Hoje em dia, com uma castanha de boa qualidade, o mercado para comercializar o produto não é um problema e o preço pago fica em torno de R$ 3,00 o quilo”, garante.

Sócrates Zoró, que faz parte do conselho da Associação do Povo Indígena Zoró (APIZ) afirma que o extrativismo foi uma boa alternativa para a comunidade, que por alguns anos tiveram uma experiência negativa com madeireiras. “A castanha é boa para a comunidade e não atrapalha que nem a madeira”, afirma a liderança que envolveu toda a família no recolhimento e seleção dos ouriços. “A gente trabalha junto, mas cada um fica com sua parte da produção”, completa.

Sócrates, em apenas um mês, já no final da safra deste ano, coletou 1.670 quilos de castanha que foram vendidos a R$ 2,50 o quilo. Sem abandonar suas roças, ele e muitos outros indígenas consorciam seus trabalhos agrícolas com a coleta da castanha no período das chuvas e a extração da seringa no período da seca. A seringa é uma segunda alternativa estimulada pelo Pacto das Águas que vem gerando bons rendimentos.

Esse apoio consolidado pelo Pacto das Águas vem despertando o interesse de outros povos indígenas, como os Arara, Gavião e Cinta-Larga. De acordo com Josias Gavião, seu povo, que divide a mesma terra indígena com o povo Arara, está em busca de alternativas eficientes de sustentabilidade, como a castanha e a seringa.

“Conhecemos o projeto por meio dos índios Zoró, gostamos da proposta de trabalho e vimos uma potencial parceria”, explica. Para não dar um passo maior que a perna, Josias se reuniu com membros da aldeia e fez uma proposta: coletarem o que conseguissem de ouriços para avaliarem o interesse dos indígenas. Em menos de um mês e praticamente sem estrutura conseguiram coletar cerca de 20 toneladas de castanhas.

“Nós mostramos que podemos fazer o extrativismo, mas também temos ciência de que temos que ter os pés no chão e darmos um passo de cada vez”, completa Josias. “Com assistência técnica e um pouco de infraestrutura temos certeza que estaremos dando os passos corretos na sustentabilidade”, finaliza.
Veiculo: http://pactodasaguas.org.br
Publicado: 27 de julho de 2012
Leia na integra: http://pactodasaguas.org.br/?mod=54

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Ibama impede o esquentamento de 850 m3 de madeira ilegal no oeste do Pará

Foto: IBAMA
Belém (23/07/2012) - O Ibama apreendeu na semana passada duas balsas carregadas com cerca de 850 m3 de madeira em tora (o equivalente a 45 caminhões cheios) no rio Curuatinga, no oeste do Pará. As embarcações, cujo destino final era uma grande madeireira de Belém, foram interceptadas de helicóptero antes da carga receber documentos fraudados que permitiriam que a madeira chegasse ao mercado como se fosse legal. Além de perder as balsas, os responsáveis pelo transporte irregular foram multados em R$ 255 mil.

"O produto florestal receberia guias fraudadas, vindas de um plano de manejo que integra o esquema ilegal de 'esquentamento' de madeira na região, tão logo alcançasse o rio Amazonas", explica o analista ambiental Vinicius Costa, que coordenou a ação. Segundo ele, as toras foram extraídas sem autorização das florestas às margens do Curuatinga, onde não existem planos de manejo em execução que produzam madeira legal.
Foto: IBAMA

Os agentes do Ibama flagraram as balsas a 60 km do rio Amazonas, quando fiscalizavam seus afluentes, na região do rio Curuá-una. Um dos objetivos era verificar a movimentação de balsas suspeitas e os portos de estocagem de madeira clandestina nas margens dos rios.

Com o apoio da Policia Militar, as embarcações apreendidas foram escoltadas até Santarém. Toda a madeira será doada à Defesa Civil, após a conclusão dos processos junto ao Ibama, 
Foto: IBAMA
e serão utilizadas em projetos que beneficiem as vítimas das enchentes 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Proteção das florestas passa pelo manejo sustentável

Instrumento para uso planejado da floresta e que respeita mecanismos de sustentação do ecossistema, manejo é o foco das ações do Serviço Florestal na Amazônia e na Caatinga

A proteção das florestas – que é comemorada no dia 17 de julho – passa pelo uso sustentável de seus recursos por meio do manejo florestal, atividade deve continuar crescendo em biomas como a Amazônia e a Caatinga a partir de ações do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).

Só este ano, na Amazônia, 200 mil hectares de florestas – ou seja, 2 mil quilômetros quadrados – serão disponibilizados para manejo por meio de concessão florestal em duas florestas nacionais (flonas), a de Jacundá (RO) e Saracá-Taquera (PA). Os editais já estão abertos para envio de propostas.

O SFB também prepara o lançamento de outros três editais, com áreas que vão totalizar mais de 1.000.000 de hectares para concessão nas Flonas de Altamira, do Crepori e do Amana, todas no Pará, voltadas para empresas de diferentes portes.

O diretor-geral do SFB, Antônio Carlos Hummel, destaca que as concessões aliam uso e conservação. E, consequentemente geram a proteção da floresta. “As concessões permitem utilizar os benefícios diretos da floresta como madeira, não madeireiros, resguardar os serviços ambientais e conservar a biodiversidade”, afirma.

Manejo Comunitário

O manejo comunitário, que é aquele realizado por comunidades e povos tradicionais, além de agricultores familiares, também tem recebido apoio, que tem se tornado mais amplo após a regulamentação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF).

Com recursos do Fundo, o SFB iniciou este ano assistência técnica para cerca de 300 famílias das reservas extrativistas Verde para Sempre (PA), Baixo Juruá (AM) e Tapajós-Arapiuns (PA). Elas são as primeiras comunidades da Amazônia a receber apoio do FNDF para a realização do manejo florestal. As ações do FNDF para promover o manejo incluem ainda a capacitação de extensionistas e de estudantes de cursos técnicos.


Veiculo: http://www.sfb.gov.br
Publicado em 17 de julho de 2012
Leia na integra: http://www.sfb.gov.br/noticias-do-sfb/protecao-das-florestas-passa-pelo-manejo-sustentavel

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Famílias da Reserva Chico Mendes recebem licença para explorar Plano de Manejo

Um dia para entrar para a história. Pela primeira vez no país, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) concede Licença para Extração Florestal dentro de uma Reserva Extrativista.

Essa conquista é de 63 famílias que fazem parte da Associação de Moradores e Produtores da Reserva Extrativista Chico Mendes de Xapuri (Amoprex) e do governo do Estado, que há oito anos lutava com o Ibama e com o ICMBio por essa licença.

Na terça-feira, 17, líderes comunitários da Reserva se reuniram no Parque Industrial de Xapuri e receberam das mãos de Anselmo Gonçalves, analista ambiental do ICMBio, e de Marque Brito, diretor de Floresta da Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), a Licença para Extração Florestal.

O governo do Estado, através Sedens, fomentou o equivalente a R$ 250 mil pelo plano de manejo e o inventário de quase 19 mil hectares de floresta, em 53 colocações. Para este ano foi autorizada a extração de madeira em mais de 1.200 hectares de floresta manejada. Estima-se que cada família receba em torno de R$ 8 mil.

Veiculo: http://www.agencia.ac.gov.br
Publicado em 18 de julho de 2012
Leia na integra: http://www.agencia.ac.gov.br/index.php/noticias/meio-ambiente/20260-familias-da-reserva-chico-mendes-recebem-licenca-para-explorar-plano-de-manejo.html

CURSO DE CAPACITAÇÃO DE MULTIPLICADORES EM MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO EM ÁREA DE VÁRZEA

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) tem a satisfação de
convocar os interessados para se inscreverem no curso de “CURSO DE CAPACITAÇÃO DE
MULTIPLICADORES EM MANEJO FLORESTAL COMUNITÁRIO EM ÁREA DE VÁRZEA: 1ª
Etapa Levantamento de Estoque”.
O principal objetivo deste curso promovido pelo IDSM, com o apoio do Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), é formar multiplicadores em manejo florestal
comunitário em área de várzea na Amazônia.
O curso acontecerá no período de 22 a 27 de outubro de 2012, em Tefé, no Estado do
Amazonas. A iniciativa é voltada para profissionais que atuem direta ou indiretamente na
implementação de Manejo Florestal Comunitário, em áreas protegidas da Amazônia. A
prioridade será dada aos candidatos de organizações não-governamentais ou
governamentais da Amazônia, que pretendem implementar ou já estejam assessorando
planos de manejo florestal comunitário ou de pequena escala. As inscrições vão até o dia
19 de agosto de 2012.

CALENDÁRIO DA SELEÇÃO
Inscrição – de 18 de julho a 19 de agosto de 2012.
Divulgação dos selecionados e confirmação da participação – 22 a 25 de agosto de 2012.
Segunda chamada – 27 de agosto de 2012
Lista final dos participantes do curso – 31 de agosto de 2012
Início do curso – 22 de outubro de 2012.
Informações: elenice@mamiraua.org.br

Veiculo: http://www.mamiraua.org
Leia o edital na integra: http://www.mamiraua.org/cms/content/public/documents/507542eb-6492-4000-8781-b260001fd9ee_edital-do-curso-de-capacita%C3%A7%C3%A3o-de-multiplicadores-em-manejo-florestal-comunit%C3%A1rio-em-%C3%A1rea-de-v%C3%A1rzea-1.pdf

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Aumenta extração de produtos naturais no Amazonas

Por Milton de Oliveira
 
Extração ilegal de madeiras, areia, barro e seixo, seguidos das queimadas e do desmatamento ilegal ainda são os crimes ambientais mais registrados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Por conta da construção civil, a solicitação de autorização para retirada de areia, aumentou 40%. Esse é o balanço que o órgão fez do primeiro semestre deste ano.

Conforme o presidente do Ipaam, Antonio Ademir Stroski, a margem direita do rio Negro, nos municípios de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus), Manacapuru (a 84 quilômetros) e Novo Airão (a 115 quilômetros), está sendo monitorados para evitar a extração ilegal de areia. “O grande problema nessas áreas é o loteamento clandestino, a ocupação ilegal das terras. Então, as pessoas que forem adquirir terras do outro lado rio, procurem primeiro, saber da regularização do terreno junto aos municípios”, advertiu Stroski.

Ainda segundo o presidente do órgão ambiental, as rodovias AM 010, a Manaus Itacoatiara, e a BR 174, a Manaus Presidente Figueiredo, são outras áreas de onde são extraídas areia. E, as multas por práticas ilegais podem variar de R$ 500 a R$ 50 milhões. “A licença para a extração da areia tem um prazo de cinco anos. Tanto no leito de rio como em terra firme, é uma atividade licenciada pelo Ipaam. Portanto, o veículo que estiver transportando areia ilegal, tanto a areia como o caminhão é apreendido e leva multa, cujo valor varia conforme a gravidade”, ressaltou ele, acrescentando que há extrações ilegais, mas que o número delas ainda sendo apurado e que o Ipaam conta com a ajuda do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Stroki explicou que o Ipaam exige dos interessados, o Plano de Controle Ambiental, que vai permitir a recuperação da área em que foi retirada a areia, evitando assim, a supressão de vegetação e aberturas ilegais de ramais.

Para o presidente do Ipaam, os focos mais fortes da extração ilegal de madeira, estão no Sul do Estado do Amazonas, na divisa com Rondônia e poderão ser solucionados em parte, com a colocação de madeira legal no mercado, fruto de áreas de manejo florestal.

“Na atividade madeireira, por exemplo, existem casos em que o empresário ou o interessado procura fraudar o Documento de Origem Florestal, o DOF. Tem gente que licencia o plano de manejo e não o explora. Ao final, acaba fazendo um negócio, vendendo a licença. E, isso é monitorado”, falou.

Veiculo: http://amazonia.org.br
Fonte: A Crítica
Publicado em 17 de julho de 2012
Leia na integra: http://amazonia.org.br/2012/07/aumenta-extra%C3%A7%C3%A3o-de-produtos-naturais-no-amazonas/

TÉCNICOS AVALIAM FLORESTA EM RESERVA NO PARÁ

A Reserva Extrativista (Resex) Mapuá, no município de Breves na Ilha de Marajó, no Pará, recebeu a visita de técnicos do Instituto Floresta Tropical (IFT), que realizaram um levantamento do potencial das florestas nativas da região.

O objetivo dessa visita técnica foi avaliar o potencial para o desenvolvimento do Plano de Manejo Florestal Comunitário Familiar (MFCF) na Resex Mapuá. Esse trabalho foi realizado no mês de junho e contou com a participação dos Engenheiros Florestais do IFT, Herberto Ueno e Iran Pires.

Essa iniciativa surgiu depois que os gestores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsáveis pela unidade de conservação (UC), conheceram o trabalho do IFT em um intercâmbio realizado em fevereiro deste ano na Resex Verde para Sempre, no município de Porto de Moz, que fica na região de abrangência da Usina Hidroelétrica do Xingu.

O levantamento na Resex Mapuá foi realizado através de entrevistas com os extrativistas residentes nos dois principais rios, Aramã e Mapuá, para saber quais os produtos da floresta são utilizados e a importância da atividade madeireira para a renda familiar dos moradores. Além das conversas foram realizadas visitas nas áreas florestais, a fim de coletar informações técnicas que subsidiassem o potencial para o manejo florestal.

A iniciativa do ICMBio de buscar informações que permitam implementar o Plano de MFCF em unidades de uso sustentável mostra que o órgão está aberto a apoiar o fortalecimento das famílias para o bom manejo florestal, abrindo possibilidade de “legalizar” as atividades das comunidades que já possuem tradição de utilizar produtos da floresta, mas ainda não tem uma forma de regulação.

O IFT está elaborando o Relatório Técnico que será disponibilizado ao ICMBio, com suas considerações e ponderações sobre o potencial de desenvolvimento do Plano de Manejo Florestal na Resex Mapuá.

Veiculo: http://www.icmbio.gov.br/
Publicado em 16 de julho de 2012
Leia na integra: http://www.icmbio.gov.br/portal/comunicacao/noticias/4-geral/3126-tecnicos-estudam-florestas-de-resex-no-para.html

Jamanxin: inteira apesar dos problemas fundiários

Ontem, a manchete de capa do jornal O Estado de S. Paulo informava que o governo pretende reduzir a Floresta Nacional do Jamanxin, no Pará, para resolver questões fundiárias. O artigo repercutiu entre ambientalistas e a imprensa. Afinal, trata-se de uma das maiores florestas nacionais do país, com 1,3 milhão de hectares. A possibilidade da sua redução, como aconteceu com as UCs do rio Tapajós, é um alerta para a situação de outras unidades de conservação do país, que também vivem conflitos agrários dentro de suas extensões. Entretanto, o assunto é antigo e já foi coberto pelo ((o))eco previamente. Mais ainda, há obstáculos substanciais para que o governo recorte Jamanxin.

A Floresta Nacional do Jamanxin foi criada em 2006, dentro de um pacote ecológico de 2,8 milhões de hectares que o governo usou em reserva para combater o desmatamento ao longo da rodovia Cuiabá-Santarém, a BR-163. O processo de criação foi iniciado pouco depois da morte da freira americana Dorothy Stang, em fevereiro de 2005, e levou quase um ano. A demora foi por conta da disputa entre o Ministério de Minas e Energia e o Ministério do Meio Ambiente. O MME queria que uma área com potencial para mineração fosse excluída de seus limites. A ministra Dilma, então na pasta da Casa Civil,arbitrou a disputa em favor do MMA e a unidade foi criada.

A Flona de Jamanxin, imensa em extensão, continuou sendo superlativa nos problemas: desmatamento, queimadas, ocupação de posseiros e criação de gado, tudo dentro de uma área que deveria ser de proteção ambiental. O município do Novo Progresso, no Pará, onde fica a floresta, está no topo da lista de campeões de desmatamento do INPE. Em agosto de 2009, a repórter Andreia Fanzeres, em ((o))eco, comentava a pressão para o governo reduzir o tamanho de Jamanxin. A redução era estudada pelo governo, que mandou os técnicos do ICMBio irem a campo.

O relatório Estudo Técnico de Revisão dos limites da Floresta Nacional do Jamanxim, concluído no final de setembro de 2009, apresenta os conflitos e alternativas para a implementação efetiva da UC. Lá se afirma que:
“Baseados nas informações de campo e nos dados secundários levantados concluiu-se que a Flona Jamanxim não deve ser alvo de desconstituição ou mesmo de drástica redução. Isto levaria a um recuo de estratégia governamental de conservação que traria consequências ambientais imprevisíveis não só para a própria área da Flona, mas também para várias outras unidades de conservação da Amazônia, invariavelmente sofrendo de pressão fundiária, invasões e interesses políticos”.
Em suma, o relatório descarta a redução drástica como política de gestão da unidade.

Problemas agrários na unidade não faltam, principalmente, a introdução de gado, que avança sobre a floresta. A tentativa de combater o desmatamento dentro da Unidade de Conservação deflagrou duas Operações Boi Pirata, do Ibama. Oitocentas cabeças de boi e duzentos carneiros foram apreendidas dentro da Flona Jamanxim, em 2009, durante a operação Boi Pirata II, que embargou 50 mil hectares de áreas com desmates ilegais.
Veiculo: http://www.oeco.com.br
Publicado em 17 de julho de 2012
Leia na integra: http://www.oeco.com.br/salada-verde/26255-jamanxin-inteira-apesar-dos-problemas-fundiarios?utm_source=newsletter_444&utm_medium=email&utm_campaign=as-novidades-de-hoje-em-oeco

terça-feira, 17 de julho de 2012

Cultivando agroextrativistas para o futuro

Por Maria Emilia Coelho

Trinta representantes de povos e comunidades tradicionais e indígenas de treze terras públicas localizadas no sul do Amazonas, sudeste de Rondônia, e noroeste do Mato Grosso, estarão reunidos no município de Humaitá, entre 18 e 31 de julho, para participarem do 1º módulo do Programa de Formação em Agroextrativismo e Cadeias Produtivas Sustentáveis.

O objetivo do programa é promover a discussão e o diálogo sobre modelos de desenvolvimento, sistemas de produção sustentável e construção de conhecimentos agroextrativistas. A ideia é incentivar a reflexão do grupo sobre sua própria realidade e cultura, transformando as lideranças comunitárias em pesquisadores locais dos seus processos de conquista de autonomia econômica.

Historicamente, as populações humanas que habitam e habitaram os ricos ecossistemas de floresta tropical aproveitam seus recursos, mantendo-os bem conservados e até incrementando sua biodiversidade. A produção sustentável sempre foi realizada pelas comunidades indígenas e tradicionais para autoconsumo, sendo o excedente escoado na forma de produtos primários, com baixa agregação de valor e grande dependência de atravessadores.

Hoje, as organizações comunitárias são seduzidas a produzirem para atender a um nicho de mercado altamente exigente e sofisticado. A inserção dos seus produtos nesses mercados exige amplo entendimento das comunidades sobre aspectos de gestão de negócios, comunicação, desenvolvimento e apresentação de produtos, logística, etc., temas ainda distantes da realidade vivida no campo.

Essa situação tem levado um número crescente de capacitações focadas na organização da produção de agroextrativista, no intercâmbio de técnicas e tecnologias para a melhoria dos seus produtos, e na estruturação de cadeias produtivas. Durante os últimos anos, o IEB tem trabalhado para ampliar a participação de lideranças locais e membros de comunidades neste processo.

O Programa de Formação em Agroextrativismo e Cadeias Produtivas Sustentáveis faz parte das atividades do projeto “Conservação da Biodiversidade em Terras Públicas na Amazônia”, uma parceria do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) com cinco organizações não governamentais socioambientais: Kanindé, ECAM, Associação Metareilá, CSF e OPAN; com o apoio do Programa de Meio Ambiente da Missão da USAID no Brasil.

O programa é itinerante, composto por três módulos realizados em municípios distintos da região sobre a qual o Projeto incide e dirigido a um grupo fixo de participantes oriundos de oito Terras Indígenas (Sete de Setembro, Igarapé Lourdes, Jiahui, Caititu, Jamamadi e as TIs Paumari do rio Tapauá) e cinco Unidades de Conservação de uso sustentável (Reservas Extrativistas Ituxi, Médio Purus e Capanã Grande, Floresta Nacional Humaitá e Reserva de Desenvolvimento Sustentável Rio Madeira). Essas áreas protegidas somadas cobrem cerca de três milhões de hectares de floresta amazônica.

O primeiro módulo será focado nos sistemas de produção, o segundo nas boas práticas de manejo de recursos naturais (florestais e pesqueiros) e o terceiro módulo na comercialização e mercado de produtos agroflorestais.

Veiculo: http://www.iieb.org.br/
Publicado em 15 de julho de 2012
Leia na integra: http://www.iieb.org.br/?/noticias/todos/1/171

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Vaga no Greenpeace


A campanha da Amazônia do Greenpeace Brasil está à procura de engenheiro florestal para desenvolver pesquisas, expor más práticas e promover atividades responsáveis com abordagens inovadoras no setor madeireiro na Amazônia.


Principais Atividades: Levantar irregularidades na cadeia da madeira na região da Amazônia; Diagnosticar e Implementar Ações; Promover atividades responsáveis e inovadoras no setor madeireiro e no uso da terra na Amazônia; Desenvolver Pesquisas técnico-científicas; Monitorar a evolução da exploração florestal na região; Auxiliar na elaboração de textos, relatórios e notas para divulgação pública; Apresentar informações sobre a evolução e resultado do trabalho; Representar a organização ao interagir com governos, público, voluntários; consumidores; empresas, imprensa e outras organizações.

Requisitos:
Graduação em Engenharia Florestal ou experiência superior a 5 anos com exploração florestal;
Mestrado desejável;Inglês Fluente;Experiência na realização de trabalhos de campo na Amazônia em governos e/ou em organizações sem fins lucrativos e/ou empresas.
Conhecimento na cadeia de produção de madeira na Amazônia.
Para esta posição é necessário disponibilidade para viagens nacionais e internacionais, 70% do
tempo.

Benefícios: Assistência Médica, VT.
Local: escritório do Greenpeace em Manaus (AM)
Salário a combinar.
Os interessados devem enviar C.V.s para caroline.donatti@greenpeace.org



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Incra contesta denúncia de que é responsável por desmatamento na Amazônia

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) contestou as denúncias feitas pelo Ministério Público Federal (MPF) de que o órgão é responsável por um terço do desmatamento da Amazônia. De acordo com o Incra, os dados apresentados pelo MPF na denúncia incorporam áreas que não estão mais sob administração do instituto.

Essas áreas, de acordo com o órgão, incorporam, por exemplo, os projetos de colonização da década de 1970 e outras áreas já emancipadas. De acordo com nota divulgada pelo Incra, o processo de desmatamento vem diminuindo principalmente a partir da década de 2000.

“O desmatamento nos assentamentos da região teve uma redução de 66% em área, correspondente ao período de 2005 a 2011. Em 2011, esse desmatamento representou 18% do total desmatado. Portanto, não é verdadeira a afirmação veiculada de que o desmatamento em assentamentos representa um terço e sim, um quinto do total”, destaca a nota.

Na semana passada, procuradores da República ingressaram com ações contra o Incra em seis estados por desmatamento ilegal em assentamentos da reforma agrária, nas quais apresentam, entre outros pedidos, o fim imediato das derrubadas.

“O Incra não tem medido esforços nas suas medidas para manter a floresta em pé: está integrado no Programa Bolsa Verde do Governo Federal, tendo já cadastradas 30 mil famílias desde 2011 e vem realizando parcerias com outros órgãos governamentais, além de dezenas de organizações agroecológicas e instituições de pesquisa. As principais são com o Serviço Florestal Brasileiro, a Embrapa, o ICMBio e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam)”, destaca o documento.

Veiculo: http://amazonia.org.br
Publicado em 09 de julho de 2012
Leia na integra: http://amazonia.org.br/2012/07/incra-contesta-den%C3%BAncia-de-que-%C3%A9-respons%C3%A1vel-por-desmatamento-na-amaz%C3%B4nia/

IFPA Campus Castanhal e IEB têm projeto aprovado pelo Serviço Florestal Brasileiro


O Instituto Federal do Pará - Campus Castanhal, em parceria com Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) obteve aprovação junto ao Serviço Florestal Brasileiro, do projeto Apoio à Formação Profissionalizante para o Fortalecimento do Manejo Florestal na Amazônia, de autoria da professora do IFPA Campus Castanhal, Dra. Roberta Coelho, juntamente com pesquisadores do IEB. O Objetivo do projeto é fortalecer a formação profissionalizante do curso técnico em floresta através de apoio a instituições. Além do IEB, o projeto reflete parcerias com outras instituições, dentre elas o Instituto Floresta Tropical (IFT). Ao comemorar a aprovação do projeto, professora Roberta Coelho enfatizou que “o IEB é um grande parceiro do instituto na atuação no manejo florestal comunitário”.

Ao divulgar os projetos classificados para apoio na Amazônia, o Serviço Florestal Brasileiro informou que 15 propostas atenderam aos critérios de seleção das chamadas públicas do Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal para capacitação em manejo florestal e para fortalecimento de negócios florestais.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), gerido pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), selecionou 15 projetos de três chamadas públicas destinadas a fomentar atividades sustentáveis na Amazônia. Até R$ 2 milhões serão utilizados para apoio.

Nessas chamadas públicas, os interessados apresentam suas demandas e, dessa forma, o SFB pode apoiar projetos voltados ao interesse da sociedade. Após essa fase, é feita uma licitação para escolher as entidades com capacidade técnica para prestar os serviços.

O maior número de projetos elegíveis – oito – foi apresentado para a chamada que vai beneficiar estudantes de nível médio e pós-médio de cursos profissionalizantes com capacitações sobre manejo florestal e boas práticas em manejo de produtos não madeireiros. Os projetos são de instituições de ensino técnico no Amazonas, Pará, Mato Grosso e Roraima.

Já a chamada pública voltada à capacitação de técnicos e extensionistas recebeu quatro projetos passíveis de apoio, enviados por entidades no Amazonas e Pará. Os temas abordados nos cursos serão os mesmos – manejo e boas práticas –, mas com características específicas para esse público.

Os outros três projetos que poderão ser beneficiados foram apresentados para a chamada sobre fortalecimento de negócios florestais na Amazônia, que vai oferecer capacitação e assistência técnica em gestão. Os temas são operações, sistemas de controle e auditoria, finanças e administração estratégica. Os projetos são de duas associações e uma cooperativa no Pará situadas em áreas sob influência das concessões florestais.

Os projetos serão atendidos segundo sua ordem de classificação, na medida dos recursos disponíveis. Estima-se que pelo menos 1.000 pessoas, entre estudantes, técnicos, extensionistas, cooperados e associados serão beneficiados.

Veja os projetos classificados:

Chamada Pública nº 05/2012 - Apoio à formação profissionalizante para o fortalecimento do manejo florestal*

1 - Escola Estadual de Educação Tecnológica do Estado do Pará – EETEPA, Itaituba (PA)

2 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia – Campus Lábrea, Lábrea (AM)

3 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – Campus Castanhal, Castanhal (PA)

4 - Centro de Educação Tecnológica do Amazonas - CETAM, Manaus (AM)

5 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso – Campus Cáceres, Cáceres (MT)

6 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Teconologia do Amazonas - Campus Manaus Zona Leste, Manaus (AM)

7 - Escola Estadual de Educação Tecnológica do Estado do Pará – Monte Alegre, Monte Alegre (PA)

8 - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima – Campus Novo Paraíso, Caracaraí (RR)

* a instituição demandante também é a instituição beneficiária

Chamada Pública nº 06/2012 - Capacitação de técnicos e extensionistas em Manejo Florestal*
1 - Instituto de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia – INDESAM, Medicilândia (PA)

2 - Fundação Orsa - Unidade Jarí, Almeirim (PA)

3 - Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas - IDAM, Manaus (AM)

4 - Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas - IDESAM, Manaus (AM)

* a instituição demandante também é a instituição beneficiária

Chamada Pública nº 07/2012 - Capacitação e assistência técnica para o fortalecimento da gestão de negócios florestais

1 - Institutição demandante: Associação Virola Jatobá do Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Anapu/PA, Anapu (PA)

Instituição beneficiária: Associação Virola Jatobá do Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Anapu/PA, Anapu (PA)

2 - Instituição demandante: Cooperativa Mista da Flona Tapajós -COOMFLONA, Placas, Rurópolis, Belterra e Aveiro (PA)

Instituição beneficiária: Cooperativa Mista da Flona Tapajós -COOMFLONA, Placas, Rurópolis, Belterra e Aveiro (PA)

3 - Instituição demandante: Instituto de Estudos Integrados Cidadão da Amazônia - INEA

Instituição beneficiária: Associação Comunitária de Penedo e Região do Alto Tapajós – ASCOPERATA, Itaituba (PA)

Serviço Florestal conhece, nos EUA, experiências sobre educação e manejo


O Serviço Florestal Brasileiro cumpre este mês em Portland, nos Estados Unidos, uma agenda de trabalho ligada à educação. O primeiro compromisso é a participação em um evento internacional que objetiva contribuir com o desenvolvimento e melhoria de técnicas de ensino e aprendizagem voltada ao uso dos recursos florestais. O encontro é promovido pela entidade World Forestry Center de 8 a 14 de julho. Na semana seguinte, o SFB realizará uma visita técnica ao Serviço Florestal dos EUA, no âmbito de um acordo de cooperação com a entidade, com o objetivo de trocar experiências em definição e implementação de ações para a adoção do manejo florestal sustentável como alternativa produtiva em comunidades.

Veiculo: http://www.sfb.gov.br/
Publicado em 06 de julho de 2012
Leia na integra: http://www.sfb.gov.br/noticias-do-sfb/servico-florestal-conhece-nos-eua-experiencias-sobre-educacao-e-manejo

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Imaflora e Rainforest Alliance conduzem processo certificação de unidade da Fibria Celulose S/A




O Imaflora e a Rainforest Alliance (RA) estão conduzindo o processo de avaliação para certificação FSC do manejo e cadeia de custódia florestal da Fibria Celulose S/A – Unidade Aracruz, com sede na Rodovia Aracruz - Barra do Riacho, s/n, Aracruz, Espírito Santo, Brasil. A avaliação será realizada no período de 30 de julho a 10 de agosto. A Rainforest Alliance, representada no Brasil pelo Imaflora, é uma entidade credenciada pelo Forest Stewardship Council® - FSC® e esta avaliação seguirá procedimentos aprovados pelo FSC.

Escopo da avaliação 
A avaliação para certificação vai avaliar aspectos ambientais, silviculturais e socioeconômicos das plantações florestais manejadas pela Fibria Celulose S/A – Unidade Aracruz, com área total de, aproximadamente, 355.000 hectares, utilizando o Padrão Interino Imaflora/Rainforest Alliance para Avaliação de Plantações Florestais no Brasil, em sua versão mais atual, acessível na página eletrônica do Imaflora (www.imaflora.org). Para obter uma cópia das diretrizes aplicáveis ou para fazer comentários ao padrão a ser utilizado, por favor, contate o Imaflora por telefone, e-mail ou pela pagina eletrônica, referenciados ao final deste documento. Comentários apresentados por partes interessadas serão considerados em futuras revisões do padrão utilizado.
O Imaflora e a Rainforest Alliance avaliarão a identificação, manejo e proteção de Altos Valores de Conservação presentes nas áreas do empreendimento, e com esta finalidade solicitam comentários de partes interessadas sobre o tema.
Composição da equipe de avaliação - a avaliação será conduzida por uma equipe multidisciplinar formada por oito profissionais, com apoio de especialistas, liderados pelo Engenheiro Florestal Ricardo Camargo Cardoso, representante do Imaflora e coordenador de certificação FSC para manejo florestal.

ETAPAS E CRONOGRAMA DA AVALIAÇÃO 

Organização da avaliação - a equipe Imaflora/RA iniciou o planejamento da avaliação em fevereiro de 2012. Estes trabalhos, que devem prosseguir durante toda a avaliação, envolvem a análise estratégica das informações disponíveis sobre a unidade de manejo e partes interessadas, a preparação de equipe de campo, a elaboração de documentos e a execução das principais etapas do processo.

Avaliação de campo - a equipe vai visitar as propriedades manejadas pela Fibria Celulose S/A – Unidade Aracruz entre os dias 30 de julho a 10 de agosto.

Consulta pública a partes interessadas - inicia no dia 31 de maio de 2012 e estende-se durante todo o processo de avaliação, inclusive após os trabalhos de campo. As contribuições das partes interessadas constituem um elemento essencial ao processo de certificação e poderão servir como uma importante orientação de campo à equipe de auditores.

Contato local com a comunidade - durante o período da consulta pública prévia e durante os trabalhos de campo, a equipe fará entrevistas e reuniões com pessoas e entidades locais que possam contribuir para essa avaliação.

Reuniões Públicas - as reuniões públicas acontecerão no dia 02 de agosto de 2012, às 19 horas, nos Municípios de Aracruz – ES (Auditório da Escola Municipal Placidino Passos, Rua Leopoldo Barcelos Rangel, nº 113, Bairro Polivalente), Conceição da Barra – ES (EMEF “Dr. Mário Vello Silvares”, Rua Vindilino Matos de Lima, nº 421, Centro) e Teixeira de Freitas – BA (“Studio Toy” - Avenida das Nações, 127 – Monte Castelo). As reuniões serão abertas à sociedade para que todos(as) interessados(as) possam fornecer seus comentários sobre o processo de manejo e certificação florestal nas áreas da Fibria Celulose S/A – Unidade Aracruz.

Reunião final de consolidação - ao final das atividades de campo, a equipe se reunirá com os responsáveis pelo manejo da Fibria Celulose S/A - Unidade Aracruz para finalizar a coleta de dados e apresentar os resultados preliminares do processo de avaliação.

Elaboração do relatório de auditoria - a equipe deverá elaborar uma minuta confidencial do relatório, que será circulada para comentários pela equipe do empreendimento e será submetido a revisão de, no mínimo, dois revisores independentes. Este processo deve ocorrer em até sessenta dias do final dos trabalhos de campo. O relatório final será composto, entre outras informações, por um resumo dos resultados da avaliação e pela análise detalhada do cumprimento dos padrões pela organização.

Finalização do processo - após a incorporação de comentários gerais de partes interessadas e do recebimento de comentários à minuta do relatório pela equipe do empreendimento e pelos revisores independentes, o Imaflora/RA emitirá o relatório final de avaliação, contendo a decisão sobre a certificação ou não do empreendimento

CONTRIBUIÇÕES DE PARTES INTERESSADAS
Como parte do processo de avaliação, partes interessadas são convidadas a oferecer comentários e opiniões sobre o manejo florestal da Fibria Celulose S/A - Unidade Aracruz, com relação ao cumprimento do padrão de manejo florestal referenciado acima, bem como com relação ao manejo e proteção de Altos Valores de Conservação presentes nas áreas florestais sob avaliação. As contribuições, confidenciais ou não, são bem-vindas nos formatos mais simples e adequados à conveniência das partes interessadas. As contribuições serão consideradas em qualquer etapa do processo de avaliação, mas são mais efetivas se apresentadas antes ou durante os trabalhos de campo, de forma a permitir sua verificação e consideração nas conclusões da auditoria. As opções de contribuição são as seguintes:

1. Reuniões com a equipe de avaliação Imaflora/RA durante ou logo após os trabalhos de campo.

2. Contatos telefônicos com o gestor do processo (Ricardo Camargo Cardoso – 19 8157 2130) ou com a equipe de apoio do Imaflora (Ellen Keyti Cavalheri – 19 3429 0859).

3. Submissão de comentários escritos por correio (endereço abaixo) ou e-mail para o gestor de processo (ricardo@imaflora.org) ou para o Imaflora (consultapublica@imaflora.org). Os comentários serão mantidos confidenciais e somente serão utilizados para a finalidade de avaliação do empreendimento, salvo orientação contrária da parte interessada.

A fonte de qualquer informação fornecida será mantida confidencial, disponível somente para as equipes do FSC e do Imaflora/Rainforest Alliance.
Documentos relativos a essa avaliação:

- Questionário para Consulta Pública;
- Descrição Geral da Operação de Manejo Florestal;
- Padrão Interino Rainforest Alliance para Avaliação de Plantações no Brasil.

A documentação também pode ser solicitada ao Imaflora/Rainforest Alliance por meio de correio eletrônico (consultapublica@imaflora.org) ou telefone.

As partes interessadas que desejarem questionar qualquer aspecto do processo de avaliação para certificação florestal podem acessar os procedimentos da Rainforest Alliance para resolução de contestações na página eletrônica www.rainforest-alliance.org.

Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola Certificação Florestal
Página eletrônica: www.imaflora.org; www.rainforest-alliance.orgCx. Postal 411| CEP 13400-970 | Piracicaba - SP - Brasil
Telefax: (19) 3429-0800 ou (19) 3429 0830
E-mail: consultapublica@imaflora.org ou ricardo@imaflora.org

Santarém recebe curso de boas práticas de manejo e extração de óleos


Até a próxima quinta-feira, 5, o Grupo de Trabalho de Óleos Vegetais do Oeste do Pará, coordenado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal do Estado do Pará (Ideflor) e o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) promovem o curso de “Multiplicadores em boas práticas de manejo e extração de óleo de andiroba e óleo-resina de copaíba”. O curso está sendo realizado desde o início da semana na sede da Unidade Regional do Serviço Florestal Brasileiro, na avenida Rosa Vermelha, 739, bairro do Aeroporto Velho, Santarém-PA. No dia 6, participantes e palestrantes seguem até a Flona Tapajós para atividade prática.

Entre os participantes estão técnicos de instituições de extensão rural e florestal, fomento, fiscalização e pesquisa centrada no desenvolvimento da cadeia produtiva de produtos florestais não madeireiros e ainda representantes da sociedade civil. “O curso para multiplicadores está previsto no Plano de Ação/2012 do Grupo de Trabalho de óleos Vegetais do Oeste do Pará, e faz parte de uma série de trabalhos voltados ao aperfeiçoamento dos agentes envolvidos na disseminação da aplicação de boas práticas de manejo e extração de óleo vegetal na região”, explica Pollyana Coelho de Sousa, coordenadora da unidade regional do Ideflor no Baixo Amazonas.

A programação inclui atividades como a contextualização do arranjo produtivo local de óleos vegetais do oeste do Pará; aspectos legais relacionados à extração e comercialização de óleos de andiroba e copaíba e acesso a mercados para óleos de andiroba e copaíba, além da exposição de trabalhos e resultados das iniciativas implantadas na região. No último dia os participantes receberão treinamento em campo na comunidade de São Domingos (Moju) e na Floresta Nacional do Tapajós. “Os conhecimentos adquiridos pelos agentes multiplicadores serão repassados para os produtores, que poderão utilizar as técnicas mais adequadas para o manejo e extração desses óleos, visando maior aproveitamento do produto, causando menor impacto a essas espécies florestais”, explica Pollyana.

Veiculo: http://www.pa.gov.br
Publicado em 03 de julho de 2012
Leia na integra: http://www.pa.gov.br/noticia_interna.asp?id_ver=102897

Segunda floresta pública de Rondônia será licitada

O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) reuniu empresários do setor madeireiro e técnicos da área para detalhar o edital de concessão da Floresta Nacional (Flona) Jacundá, localizada nos municípios de Porto Velho e Candeias do Jamari. Esta será a segunda autorização para a realização do manejo florestal sustentável em Florestas Nacionais em Rondônia – o mesmo modelo já implantado na Flona Jamari.

Com a aproximação da data limite para a entrega das propostas, marcada para o dia 26 de julho, o gerente de concessões do SFB, Marcelo Arguelles, veio a Rondônia para tirar as dúvidas de empresários. A cidade de Ariquemes foi escolhida para sediar o encontro por ser um dos mais importantes polos madeireiros do Estado.

Arguelles explicou que concessão não se trata de privatização das florestas públicas, mas uma oportunidade de empresários realizarem o manejo florestal de forma racional dos recursos florestais. “Estamos propondo a sustentabilidade do setor madeireiro e de outros setores que utilizam os recursos florestais, através de um manejo adequado. Isso vai proporcionar geração de emprego e aumento da renda da região onde as concessões estão localizadas”, afirmou.

Para o presidente da Associação Comercial e Industrial de Ariquemes (ACIA), Jonas Perutti, as concessões de florestas públicas são importantes até mesmo para a preservação do meio ambiente. “O empresário que ganhar a concessão vai ter o maior interesse em evitar o desmatamento e a extração ilegal da madeira, fiscalizando a área e utilizando apenas os recursos previstos no edital”, resumiu.

O chefe da Unidade Regional Purus Madeira, do SBF, Maurício Sacramento, explicou que a reunião com empresários faz parte do planejamento de divulgação do edital de concessão. “Queremos que os empresários do setor madeireiro de Rondônia estejam bem informados a respeito dessa concessão, para que eles possam estar preparados para entregar todos os documentos exigidos e tenham condições de fazer uma boa proposta, principalmente no aspecto técnico, com condições de exequibilidade para a utilização da Flona Jacundá”, explica.

Veiculo: http://www.correiodenoticia.com
Publicado em 02 de julho de 2012
Leia na integra: http://www.correiodenoticia.com/?secao=11&id=10615

terça-feira, 3 de julho de 2012

Acordo sobre madeiras tropicais está pronto para o Plenário

A ratificação do Acordo Internacional de Madeiras Tropicais, assinado pelo governo brasileiro, está pronta para votação no Plenário da Câmara. O tema tramitou na Casa por meio do projeto de decreto legislativo (PDC) 560/12, já aprovado em quatro comissões temáticas.

O acordo foi proposto em 2006 pela Organização Internacional de Madeiras Tropicais, que reúne produtores e consumidores de madeira de 44 países, além da União Europeia. Entre os objetivos do acordo estão a inclusão social e a geração de renda para os povos da floresta, a partir do uso sustentável dos recursos naturais e do incentivo ao manejo florestal comunitário.

O relator da proposta na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, deputado Francisco Praciano (PT-AM), destaca que o foco está na proteção florestal. "Lamentavelmente no sudeste asiático, Malásia e outros países exterminaram suas florestas e esse é um péssimo exemplo. E a OIMT [Organização Internacional de Madeiras Tropicais] está firmando esse acordo para promover o desenvolvimento da exploração da madeira de áreas tropicais, com sustentabilidade. Portanto, é um acordo para melhorar o comércio dos países e, ao mesmo tempo, implementar tecnologias e métodos de manejo das florestas tropicais; e criar um fundo que financie esses manejos".
Veiculo: http://www2.camara.gov.br Publicado em 02 de julho de 2012
Leia na integra: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/MEIO-AMBIENTE/421431-ACORDO-SOBRE-MADEIRAS-TROPICAIS-ESTA-PRONTO-PARA-O-PLENARIO.html