quinta-feira, 28 de junho de 2012

Comunidades pobres terão recursos para projetos de uso sustentável na Amazônia

Comunidades pobres da Amazônia que exploram a riqueza da floresta vão receber recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e da Fundação Banco do Brasil (FBB) para o desenvolver atividades sustentáveis. O contrato no valor de R$ 25 milhões foi firmado pelas instituições na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20 e divulgado nesta segunda-feira (25) pelo BNDES .

O banco vai entrar com recursos não reembolsáveis no valor de R$ 15 milhões, oriundos do Fundo Amazônia, enquanto a fundação participará com R$ 10 milhões. A parceria de cooperação prevê investimentos de R$ 100 milhões nos próximos cinco anos.

“As comunidades que vão ter uma cadeia apoiada, como a cadeia do açaí, piscicultura, pesca artesanal, borracha, artesanato, óleos essenciais, vão ser organizadas para que aufiram renda de uma forma sustentável não só em relação à natureza, mas de uma forma economicamente sustentável. Ou seja, que elas tenham uma forma contínua de geração de renda e de sustento da família”, disse o gerente do Departamento de Economia Solidária da Área de Agropecuária e Inclusão Social do banco, Eduardo Lins, ao divulgar a parceria.

Lins destacou que mesmo um projeto de preservação de florestas, “se for com a geração de trabalho e renda, participa do nosso contrato”. O foco principal são projetos realizados por comunidades da região amazônica ou que resultem em seu benefício. As tecnologias sociais associadas a esse processo produtivo, que estejam ambientalmente adequadas, também podem ser apoiadas pela parceria. São tecnologias que dão soluções integrais aos projetos e resolvem problemas como saneamento, segurança alimentar, acesso a água potável, entre outros.

Veiculo: http://www.oreporter.com
Publicado em 27 de junho de 2012
Leia na integra: http://www.oreporter.com/Comunidades-pobres-terao-recursos-para-projetos-de-uso-sustentavel-na-Amazonia,8092598970.htm

Alessandra Alves: Solução ‘de mercado’ para salvar floresta amazônica desperta polêmica

A ideia pretende inverter a lógica existente hoje na Amazônia e em outras regiões tropicais: floresta em pé vale mais que a derrubada. Mas, o que à primeira vista parece um mecanismo simples, chancelado pelas Nações Unidas, desperta polêmica. Conhecido como REDD, o projeto sofreu duras críticas durante debate na Cúpula dos Povos da Rio+20. A repórter Alessandra Alves estava lá, registrou o debate e levantou a questão com outros entrevistados:

Concebido em 2007, na 13ª Reunião das Partes da Convenção da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 13), o conceito REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) prevê incentivos econômicos a projetos que reduzam ou impeçam desmatamento de florestas em países em desenvolvimento, controlando assim a emissão global de dióxido de carbono. A ideia é atribuir preço ao carbono acumulado no interior das árvores e comercializá-lo no mercado internacional de carbono, fazendo com que a preservação da floresta seja mais lucrativa que o desmate.

A ONU possui o programa UN-REDD, cujo intuito é auxiliar países em desenvolvimento a preparar e implementar estratégias do gênero.

No total, o organismo concedeu US$67,3 milhões para 16 países (entre eles Bolívia, República Democrática do Congo, Panamá e Sri Lanka) desenvolverem e implementarem estratégias REDD. Segundo Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2010, publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), a destruição da camada vegetal, a partir do desmatamento da Amazônia e de queimadas no cerrado brasileiro, é responsável por mais de 75% da emissão de dióxido de carbono do Brasil, o que coloca o país entre os dez maiores emissores mundiais de gases que contribuem com o efeito estufa e, portanto, com o aquecimento global.

Um caso recente, noticiado pela Agência Pública, trouxe a discussão sobre o mecanismo REDD para o foco do debate. A reportagem informa que a empresa irlandesa Celestial Green pagou R$ 120 milhões para adquirir os créditos de carbono de índios munducurus que vivem no Pará, em contrato válido pelos próximos trinta anos.

Veiculo: http://www.viomundo.com.br Publicado em 28 de junho de 2012
Leia na integra: http://www.viomundo.com.br/denuncias/alexandra-alves-solucao-de-mercado-para-salvar-floresta-amazonica-desperta-polemica.html

segunda-feira, 25 de junho de 2012

“Não há possibilidade de conservar florestas sem manejo”, defende senador Jorge Viana na Rio+20


Não há possibilidade de conservar as florestas tropicais sem manejá-las. E não dá para falar em preservação se não houver renda e, se dentro desta alternativa econômica, as populações tradicionais não estiverem inseridas. Esse foi o tom da palestra organizada no Pavilhão Japão: Aproveitando as florestas como transição para uma economia verde, com a participação do senador Jorge Viana.
O senador Jorge Viana participa de palestra do Pavilhão Japão na Conferência Rio+20 (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
O senador Jorge Viana participa de palestra do Pavilhão Japão na Conferência Rio+20 (Foto: Gleilson Miranda/Secom)














O Japão, que participa da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, com o slogan Japão, verde e inovador, tomou a iniciativa de apoiar e financiar iniciativas de proteção e conservação das florestas tropicais no mundo e o Acre foi um dos primeiros projetos que contou com o auxílio japonês através da ITTO (Organização Internacional de Madeiras Tropicais).

“Usando a floresta com inteligência é possível gerar renda para as pessoas e conservar o meio ambiente. Aquilo que o Chico Mendes defendeu há mais de vinte anos está acontecendo hoje. Estamos aqui discutindo algo que foi levantado há duas décadas e que tem se mostrado viável. Não existe sustentabilidade sem conservação e uso inteligente das florestas. O manejo de florestas tropicais na Amazônia tem que estar diretamente ligado à agenda social”, disse o senador Jorge Viana.
"Não existe sustentabilidade sem conservação e uso inteligente das florestas. O manejo de florestas tropicais na Amazônia tem que estar diretamente ligado à agenda social”, disse o senador Jorge Viana (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
"Não existe sustentabilidade sem conservação e uso inteligente das florestas. O manejo de florestas tropicais na Amazônia tem que estar diretamente ligado à agenda social”, disse o senador Jorge Viana (Foto: Gleilson Miranda/Secom)


Manoel Sobral, presidente do ITTO na década de 1990, apresentou o senador Jorge Viana como uma peça fundamental para que o Acre tivesse hoje o reconhecimento internacional que tem em relação à política ambiental. “Muito antes de se tornar governador do Acre ele foi associado ao ITTO como coordenador de um dos primeiros projetos de proteção da floresta. O Acre tem sido reconhecido não só no ponto de vista governamental, mas também da sociedade civil, tendo uma economia verde, uma prova que é viável, que é possível e que dá certo essa aposta. Não existe desmatamento ilegal no Acre. O manejo florestal é perfeitamente sustentável como o Acre tem provado”, disse.

“A ITTO completou 25 anos e estamos aqui vinte anos depois da Rio 92 e isso tem um significado muito grande porque estamos falando das florestas tropicais na agenda do mundo e houve uma evolução extraordinária nesta agenda. Não existe possibilidade do desenvolvimento sustentável sem que o manejo e a conservação de florestas estejam no centro. Tem todo um movimento se fortalecendo no Brasil pra fazer das florestas um ativo econômico tão forte quando o agronegócio”, explicou Viana, que disse ter seu mandato diretamente envolvido nesta agenda.

Veiculo: http://www.agencia.ac.gov.br
Publicado em 18 de junho de 2012
Leia na integra: http://www.agencia.ac.gov.br/index.php/noticias/meio-ambiente/19885-nao-ha-possibilidade-de-conservar-florestas-sem-manejo-defende-senador-jorge-viana-na-rio20.html

Após expulsarem latifundiários, moradores da floresta dão exemplo de sustentabilidade


Gurupá é uma das regiões no Brasil onde o direito de uso e de acesso à terra e aos recursos naturais pelas comunidades locais foi mais bem resolvido. A floresta é explorada, mas 96% da mata seguem intactos.

O índice de prosperidade tem indicadores próprios na Ilha das Cinzas. E ele é considerado alto pelos moradores: as 60 famílias têm um barco cada uma, as casas foram recentemente equipadas com televisão e parabólicas, não falta diesel para abastecer o gerador de energia elétrica, todos usam coletivamente computadores conectados na internet via satélite.

A comunidade é cravada na floresta, rodeada pela águas do rio Amazonas, no oeste do estado do Pará, e fica a quatro horas de barco da cidade mais próxima.

A melhoria de vida no local é recente. A situação começou a mudar quando os moradores se uniram para acabar com o domínio dos latifundiários, no início de 2000, e passaram de posseiros informais a donos legais da terra onde sempre viveram. A tranquilidade trazida pelo direito de posse ajudou a acabar com a miséria.

"Antes, todos aqui eram muito pobres. Mas agora todo mundo conseguiu muita coisa. Nós nos unimos e colocamos o conhecimento em prática", conta Manuel Malheiros de Oliveira, presidente da Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas da Ilha das Cinzas.

O município de Gurupá, do qual a ilha faz parte, é uma das regiões no Brasil onde o direito de uso, de acesso à terra e aos recursos naturais pelas comunidades locais foi mais bem equacionado. Por iniciativa dos moradores, 99% do território do município estão atualmente em processo de regularização. O controle das florestas pela população local também é modelo de preservação – 96% da mata do município continuam intactos.
A expulsão do latifundiário ilegal
A figura do "patrão" fez parte da história da região até há pouco. Ele se dizia dono de grandes faixas de terra, exigia que fosse o único comprador da produção dos posseiros que ocupavam sua propriedade. O patrão cobrava ainda desses moradores 5% de "taxa de uso do solo". Esse modelo se perpetuou por décadas, até que um levantamento fundiário feito com apoio do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais mostrou que a maioria das escrituras desses latifundiários não tinha validade.

"A extensão de terra declarada em escrituras era quase duas vezes maior do que o tamanho do município. Havia muito documento falso", conta Manuel Pantoja da Costa, o Bira, presidente do Instituto Gurupá, que apoia e capacita a comunidade local. Como a região está localizada numa área de marinha (região de interesse da União) a posse do território tem que ser autorizada pelo governo federal. E muitos latifundiários que exploravam a floresta o faziam na ilegalidade, com documentos forjados.

Conscientes da situação, as comunidades tradicionais iniciaram a briga para assumir o controle. Aos poucos, o governo foi concedendo a posse aos donos de direito, a associações, como a da Ilha das Cinzas, criando reservas sustentáveis, agroextrativistas e quilombolas.

"Fizemos um trabalho de capacitação ao longo de dez anos junto aos moradores. Nós trouxemos informação sobre leis, sobre os direitos que tinham e eles brigaram pelo resto", lembra Jorge Pinto, engenheiro agrônomo que na época atuava na ong Fase.

Como consequência do processo de transferência da posse às comunidades locais, uma das madeireiras mais tradicionais da região, a Brumasa, se viu obrigada a fechar as portas. A empresa, que até então controlava os posseiros, foi asfixiada pelos custos de uma cadeia de produção legal.
 
Autora: Nádia Pontes
Revisão: Roselaine Wandscheer

Veiculo: http://www.dw.de
Publicado em 01 de junho de 2012
Leia na integra: http://www.dw.de/dw/article/0,,15991743,00.html

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Vídeos Florestabilidade: Educação para o Manejo Florestal


Assita ao vídeo promocional do Florestabilidade - Educação para o Manejo Florestal. A série de 15 programas que serão utilizados pelo projeto nas escolas da Amazônia também irá ao ar no Canal Futura.Os roteiros foram elaborados pela equipe da Fundação Roberto Marinho juntamente com a produtora Conspiração que envolveu cerca de 40 profissionais na produção dos programas.




O Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), representado pelo gerente do escritório regional em Belém, Manuel Amaral, integrou um grupo de diversas instituições governamentais e não governamentais que ajudaram a definir o conteúdo dos programas (aulas) do Florestabilidade. 

  

domingo, 17 de junho de 2012

Manejo florestal busca o uso responsável dos recursos naturais

O manejo florestal é um conjunto de boas práticas de planejamento e de técnicas especiais na exploração das florestas. Seu objetivo é conciliar o aproveitamento responsável dos recursos naturais e sua conservação. Para isso, a floresta é mapeada e intervenções são feitas para extrair produtos madeireiros e não madeireiros - frutos, resinas, óleos e sementes, dentre outros.

“A técnica funciona pelo princípio do bom uso da floresta”, afirma Fabíola Zerbini, secretária executiva do Conselho Brasileiro de Manejo Florestal - FSC Brasil. Ela explica que o manejo, além das questões sociais, conta com uma grande preocupação social. "É preciso se certificar de que os trabalhadores contratados recebem salários justos e pagos em dia, têm acesso a boas condições de saúde, e que homens e mulheres trabalham juntos igualmente na floresta”, define.

O bom manejo florestal, de acordo com as normas do FSC, defende o direito das comunidades indígenas ao uso dos recursos naturais da floresta. Outro ponto social é o respeito às comunidades vizinhas e a consideração pela fauna e flora no local da exploração.

A técnica pode ser feita com qualquer recurso florestal nativo – com exceção da madeira, que também pode ser plantada. “No Brasil, os produtos oriundos de manejo florestal certificado são a madeira e a castanha, majoritariamente”, ressalta Zerbini. A técnica também é usada em menor escala para a produção de artesanato de fibra e erva mate, por exemplo.

O manejo florestal pode ser realizado tanto em florestas nativas quanto em plantadas. A exploração é feita em propriedades comunitárias, privadas e públicas – que podem ser administradas por concessionárias.

Independente do local onde é feito, a apresentação do plano de manejo é uma obrigação exigida por lei. O que muitos não sabem são as vantagens econômicas disso. Quando feito em floresta plantada, o planejamento de plantio possibilita que os recursos sejam continuamente aproveitados. "Nesse tipo de manejo é mais fácil o controle da exploração.", explica.

Já na floresta nativa, é necessária a identificação de todos os seus componentes – fauna e flora. Posteriormente, é feito um plano de manejo florestal para permitir que a floresta permaneça viva. “Não se pode tirar um lote inteiro de árvores nativas. Isso tem que ser feito com cuidado”, alerta Zerbini.

De acordo com Marco Lentini, gerente técnico do Instituto Floresta Tropical (IFT), a falta de planejamento na exploração convencional gera menor produtividade para a mesma, por conta do maior desperdício de madeira. “Em cada hectare de floresta explorada de forma predatória há quatro metros cúbicos de desperdício”, observa o engenheiro ambiental.

Além disso, o manejo causa menores danos à floresta em relação à exploração feita com o uso de máquinas pesadas. “O excesso de danos está associado ao excesso de custos por horas de uso de uma máquina sem produzir nada”, acrescenta Lentini.

Veiculo: http://redeglobo.globo.com
Publicado em 16 de junho de 2012
Leia na integra: http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2012/06/manejo-florestal-busca-o-uso-responsavel-dos-recursos-naturais.html

Palestra apresenta experiência do manejo florestal na Reserva Mamirauá durante a Rio + 20

Participantes que visitam as exposições no Pier Mauá, durante a conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável – Rio+20, assistiram hoje, dia 14, a palestra “Manejo Florestal Comunitário: A experiência da Reserva Mamirauá”, ministrada por Elenice Assis, coordenadora do Programa de Manejo Florestal Comunitário do Instituto Mamirauá.

“O programa visa promover a conservação das florestas de várzea da Reserva Mamirauá, por meio de pesquisa e acompanhamento de um modelo de manejo florestal sustentável de menor impacto, realizado por associações comunitárias e adequado às condições econômicas, culturais e ecológicas da reserva”, disse a coordenadora na abertura da explanação.

O modelo de manejo proposto pelo Instituto Mamirauá é dividido em unidades de manejo a nível comunitário, com nível de organização setorial; áreas de uso florestal demarcadas por comunidade, com o mapeamento participativo, acordadas entre as comunidades; além do sistema de manejo que prevê um ciclo de corte de 24 anos para madeira de alta densidade e 12 anos para madeira de branca, com limite de exploração de 3 árvores/ha.

Veiculo: http://www.mamiraua.org.br
Publicado em 14 de junho de 2012
Leia na integra: http://www.mamiraua.org.br/noticias/palestra-apresenta-experiencia-do-manejo-florestal-na-reserva-mamiraua-durante-a-rio-20

sábado, 16 de junho de 2012

Florestabilidade é lançado em programação da Rio+20



Forte de Copacabana, RJ (Foto: IEB)
No dia 14 de junho, no Forte de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, aconteceu o lançamento do projeto Florestabilidade, iniciativa da Fundação Roberto Marinho (FRM) e do Fundo Vale que busca despertar os jovens para as carreiras ligadas à gestão das florestas brasileiras e oferecer recursos pedagógicos para professores e técnicos, por meio de telecursos que abordarão a temática do manejo florestal. O evento ocorreu durante o projeto Humanidade 2012, que integra a programação paralela da Rio+20.


Lançamento do Florestabilidade  (Foto: Divulgação)

Presidente da FRM, José Roberto Marinho e Diretor executivo do FV Ricardo Piquet. (Foto: IEB)
Em discurso, o presidente da FRM, José Roberto Marinho, destacou o aspecto colaborativo que o Florestabilidade possui. “Esse projeto está buscando trazer o saber que vem dessas pessoas que já vivem na floresta, aliado ao conhecimento de pesquisadores e ONGs que já atuam lá. Através da tecnologia especial do Telecurso, poderemos devolver esse conhecimento para a população da Amazônia”. Além do presidente da Fundação, discursaram o diretor do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Antônio Carlos Hummel; o governador do Pará, Simão Jatene, o governador do Amazonas, Omar Aziz, e o diretor executivo do Fundo Vale, Ricardo Piquet.


Governador do Pará, Simão Jatene (Foto: IEB)
A previsão é que os programas (aulas) estejam disponíveis no mês de setembro em escolas de 85 municípios dos estados do Pará, Amazonas e Acre. A expectativa é atender 180 mil alunos, sendo que seus professores terão como apoio didático jogos, plano de aula, livro do professor e um website interativo.

 “O Florestabilidade vem como uma luva em tudo aquilo que estamos fazendo para termos municípios felizes”, disse Simão Jatene, se referindo ao programa municípios verdes, implantado no Pará na busca por reduzir os índices de desmatamento no estado. Carlos Hummel, do SFB, também elogiou projeto da FRM com o Fundo Vale. Ele destacou que a iniciativa leva conhecimento a jovens da Amazônia e mostra a eles a viabilidade de produzir e conservar a floresta. “Atualmente o Brasil possui cerca de 300 milhões de hectares de terras públicas. Precisamos mudar seu paradigma do uso”, destacou Hummel (SFB) sobre a contribuição que o projeto pode dá ao panorama do manejo florestal.


Diretor do SFB, Antônio Carlos Hummel (Foto: IEB)
 Além de destacar a contribuição do projeto na capacitação e incentivo a formação de novos manejadores, Omar Aziz, governador do Amazonas, lembrou questões adicionais que devem ser levados em conta para que os produtos amazônicos sejam competitivos e o manejo da floresta seja feito de feito de forma sustentável. “Não há como ter desenvolvimento sem regularização fundiária”, ressaltou Aziz aos presentes, dentre os quais, jornalistas, secretários de estado e membros de ONG.


Governador do Amazonas,Omar Aziz (Foto: IEB)
 O Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), representado pelo gerente do escritório regional em Belém, Manuel Amaral, integrou um grupo de diversas instituições governamentais e não governamentais que ajudaram a definir o conteúdo dos programas (aulas) do Florestabilidade. Os roteiros foram elaborados pela equipe da FRM juntamente com a produtora Conspiração que envolveu cerca de 40 profissionais na produção dos programas.












sexta-feira, 15 de junho de 2012

Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural da UFPA abre inscrições para curso de Especialização


Estão abertas as inscrições para seleção de alunos do Curso de Especialização em Extensão Rural, Sistemas Agrários e Ações de Desenvolvimento (AGIS). Ao todo, são ofertadas 20 vagas O período de inscrição será de 09h às 12h e de 14h às 17:30h, no período de 25 de junho a 15 de agosto de 2012.
Serão duas etapas para selecionar os candidatos. A primeira, de caráter eliminatório, envolverá carta de intenções e análise de curriculum vita. A segunda será classificatória, com entrevistas realizadas no período de 22 a 23 de agosto de 2012, nas dependências do Núcleo de Ciências Agrárias e Desenvolvimento Rural - NCADR, que tem sede no Campus do Guamá da Universidade Federal do Pará.
O resultado final do processo será divulgado até o dia 27 de agosto de 2012, nas dependências do NCADR, na secretaria do Programa de Pós-graduação em Agriculturas Amazônicas (PPGAA) e no sítio www.agriculturasamazônicas.ufpa.br.

Edital completo e mais informações: http://www.agriculturasamazonicas.ufpa.br/

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Acre: floresta habitada, produtiva e conservada

Com 85% de seu território coberto por florestas, o Acre possui cerca de 740 mil habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 7,38 bilhões. Comparando com os outros Estados, o PIB acreano cresceu 71% na última década, foi o quinto maior crescimento no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Estado conseguiu manter o desmatamento sob controle e apresenta uma das menores taxas da Amazônia, segundo dados do Instituto de Pesquisa Espacial (Inpe). Paralelamente, a área de manejo das florestas triplicou e hoje 95% da madeira consumida no Estado é oriunda de planos de manejo.

Aqui, graças a políticas adotadas ao longo dos últimos 13 anos, está se construindo uma base de desenvolvimento econômico e social que respeita as florestas e toda a diversidade que nela habita, e a vocação extrativista de sua gente.

Isso significa, por exemplo, apostar no fortalecimento das cadeias produtivas de produtos como a castanha, a farinha, a borracha, o óleo de copaíba, a pupunha; investir na agricultura familiar; na piscicultura; no melhoramento de ramais e estradas; na qualidade das redes de água e esgoto; nos pequenos negócios; em energias alternativas; em soluções para os resíduos sólidos, entre outras ações.

É esse Acre de Chico Mendes, que se tornou referência em vários cantos do mundo pela luta e práticas adotadas em sua política ambiental, que será mostrado na Rio+20. Acreditando que é possível, sim, crescer sem derrubar a floresta. Um compromisso que vem da certeza de que a melhor maneira de garantir qualidade de vida para a população desta e de futuras gerações é cuidar dos recursos naturais - porque alguns deles não duram para sempre, e se forem usados em excesso, deixarão de existir.

A conferência é uma oportunidade de reafirmar o compromisso político do governo do Acre com o desenvolvimento sustentável. A economia verde, um conceito relativamente novo para o crescimento econômico inteligente e responsável, é outra preocupação do governo.
 
Veiculo: http://www.agencia.ac.gov.br
Publicado em 13 de junho de 2012
Leia na integra: http://www.agencia.ac.gov.br/index.php/noticias/meio-ambiente/19808-acre-floresta-habitada-produtiva-e-conservada.html

Projeto vai estimular a consciência ambiental nas escolas públicas

A assinatura de um acordo de cooperação técnica nesta quinta-feira (14), durante a Rio +20, marcará a parceria entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e a Fundação Roberto Marinho para a implementação de um projeto pedagógico de sustentabilidade que será desenvolvido nas escolas públicas paraenses a partir de agosto. Denominado, “Florestabilidade: educação para o manejo florestal”, o projeto pretende despertar vocações nos estudantes para carreiras ligadas ao manejo e gestão de florestas.

Voltado para professores e educandos das últimas séries do ensino fundamental e ensino médio, o projeto também quer difundir o uso sustentável da floresta e oferecer recursos pedagógicos para professores da Amazônia abordarem e discutirem o tema nas escolas. Inicialmente, a iniciativa será desenvolvida em 200 escolas da rede estadual, distribuídas em vários municípios de regiões diferenciadas e que estão inseridos no programa Municípios Verdes, do governo do Estado.

Em Belém, o projeto começa no segundo semestre, pelas dez escolas de tempo integral mantidas pela Seduc, que são: Ruy Paranatinga Barata, Cidade de Emaús, Antônia Paes, Norma Morhy, Benjamim Cosntant, Eneida de Moraes, Augusto Meira, Raimundo Vera Cruz, Temístocles de Araújo e Juscelino Kubitschek. O cronograma de ações prevê oficinas com duração de 16 horas para a formação dos professores na metodologia e no uso dos materiais pedagógicos.

O projeto será apresentado aos alunos em forma de teleaulas, em que eles assistirão a vídeos sobre os temas e farão atividades com base no que aprenderam. O material será distribupido às escolas em kits pedagógicos. O coordenador de Educação Ambiental da Seduc, Augusto Ferreira, diz que mais importante do que apresentar a temática às crianças é a capacidade de despertar nelas uma conscientização em relação ao meio ambiente.

Para participar do projeto é importante atender alguns pré-requisitos, como ser professor ou pedagogo da rede estadual; ter interesse em trabalhar com o tema de manejo e gestão de florestas em sala de aula, como projeto pedagógico complementar; ter disponibilidade para participar das oficinas de formação; ter vontade de aumentar seus conhecimentos com novas metodologias pedagógicas e acima de tudo ter interesse em fazer parte de uma rede de conhecimentos e colaboração para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Veiculo: http://www.agenciapara.com.br
Publicado em 13 de junho de 2012
Leia na integra: http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=101498

Manejo florestal é proibido em área indígena

Recomendação feita pelo MPF é acatada pelo "Chico Mendes"

A recomendação do Ministério Público Federal (MPF) ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) de não autorizar a exploração de madeira em áreas localizadas nas terras indígenas Munduruku-Taquara e Bragança-Marituba foi acatada. As terras ficam situadas no interior da Floresta Nacional do Tapajós, na unidade de conservação federal no oeste do Pará.

Em documento, o chefe da Floresta Nacional do Tapajós, Fábio Menezes de Carvalho, informou que a recomendação será cumprida integralmente. Segundo o relatório preliminar da Fundação Nacional do Índio (Funai), as áreas solicitadas pela Cooperativa Mista Tapajós Verde (Coomflona) para manejo florestal encontram-se dentro das terras indígenas em processo de demarcação, o que inviabiliza a exploração de recursos naturais na área.

O local está nos limites definidos nos Relatórios Circunstanciados de Identificação e Delimitação das das áreas de Munduruku-Taquara e Bragança-Marituba, publicados no Diário Oficial da União (DOU) na data 30 de outubro de 2009. O ICMBio informou ao MPF que, em obediência à recomendação, o manejo comunitário vai ser mantido, mas apenas nas localidades fora dos limites dos territórios indígenas.

A recomendação, feita pelo procurador da República Cláudio Henrique Dias, foi enviada ao ICMBio em maio deste ano. O procurador explicou que, caso a área requerida para a extração madeireira seja reconhecida como terra tradicionalmente ocupada pelos indígenas ao final do processo de demarcação, a atividade exploratória teria que ser anulada e os índios indenizados. Para evitar prejuízos, a exploração madeireira foi suspensa nas áreas delimitadas pela Funai.

Veiculo: http://www.orm.com.br
Publicado em 13 de junho de 2012
Leia na integra: http://www.orm.com.br/projetos/oliberal/interna/default.asp?modulo=247&codigo=595100

Intercâmbios orientam agricultores de Tefé sobre Planos de Manejo

Cerca de quarenta agricultores familiares do município de Tefé (a 523 Km de Manaus) participaram no início deste mês de intercâmbios promovidos pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas – IDAM relativos a Manejo e Inventário Florestal. Foram dois dias bem participativos. No primeiro dia eles trocaram informações e aprenderam como desenvolver as técnicas na propriedade Goiabal II, situada no igarapé Açu do lago de Tefé. Toda a parte referente ao Inventário Florestal aconteceu na propriedade Sernambi II, pertencente ao do Sr. Pedro Batista de Castro, situado na comunidade Nova Sião no lago do mirinim.
De acordo com o gerente Sidney Souza de Araujo o objetivo das excursões foram para mostrar aos participantes sobre os trabalhos que a Unidade Local (Unloc) do IDAM/ Tefé vem desenvolvendo na área florestal, como também divulgar a importância do Plano de Manejo florestal, técnica que possibilita o trabalho em harmonia com a natureza e garante sustento de forma legal, ou seja, sem agressão ao meio ambiente.

Veiculo: http://www.idam.am.gov.br
Publicado em 13 de junho de 2012
Leia na integra: http://www.idam.am.gov.br/noticiaInterna.php?codigo=1275

terça-feira, 5 de junho de 2012

Educação para o Manejo Florestal

No dia 14 de junho, no Forte de Copacabana (RJ) acontece o lançamento do Florestabilidade, um projeto que busca despertar vocações para carreiras em manejo florestal, difundir o uso sustentável das florestas e oferecer recursos pedagógicos para professores e técnicos extensionistas da Amazônia. O projeto é resultado de uma parceria entre o Fundo Vale e a Fundação Roberto Marinho, que conta com o apoio do Serviço Florestal Brasileiro.

Estudo busca avaliar ciclo de vida das árvores para aprimorar técnicas de manejo florestal

Refinar o método de manejo florestal no ambiente de várzea, acompanhando o ciclo de vida e morte das árvores. Esse é um dos objetivos do estudo conduzido pelo biólogo João Lanna, do Grupo de Pesquisa em Ecologia Florestal do Instituto Mamirauá, com a pesquisa “Avaliação da dinâmica das florestas de várzea em parcelas permanentes e suas aplicações para o manejo florestal comunitário”. Para realizar a coleta de dados e acompanhamento do crescimento das espécies, uma expedição percorreu três áreas da Reserva Mamirauá, entre os dias 8 e 24 de maio.

O acompanhamento da época de floração e frutificação das árvores foi realizada nas comunidades Boca do Mamirauá e Barroso, e nas proximidades do lago Mamirauá. A cada três anos, as mesmas árvores, identificadas em um hectare de floresta, são medidas e as informações armazenadas gerando um histórico sobre o crescimento da espécie. “Se uma árvore cresce de maneira muito lenta ela precisa de um ciclo de corte longo, entre o primeiro corte e o segundo para recuperação da espécie. Se uma árvore cresce de maneira mais acelerada, nós poderemos prever um ciclo de corte mais curto”, comparou Lanna.

Veiculo: http://www.mamiraua.org.br
Publicado em 01 de junho de 2012
Leia na integra: http://www.mamiraua.org.br/noticias/estudo-busca-avaliar-ciclo-de-vida-das-arvores-para-aprimorar-tecnicas-de-manejo-florestal

Fundo Amazônia tem projetos aprovados com R$ 300 milhões em financiamentos

Do total de projetos aprovados, 21 estão contratados, atingindo valor de R$ 440,6 milhões em investimentos e R$ 260 milhões em financiamentos. Até agora, foram liberados pelo BNDES R$ 89,3 milhões. O Fundo Amazônia será mostrado aos estrangeiros que participarão, este mês, da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em estande do BNDES no Parque dos Atletas.

O diretor da Área de Meio Ambiente do BNDES, Guilherme Lacerda, lembrou, em entrevista à Agência Brasil, que os recursos do Fundo Amazônia resultam de acordo firmado com o governo da Noruega, “que escolheu o Brasil para destinar uma parte grande de recursos daquele país para projetos que preservem, aumentem o monitoramento e o fortalecimento de atividades extrativas adequadas em toda a Amazônia Legal.”

Esse é o maior fundo do BNDES ligado ao meio ambiente. O programa foi iniciado entre 2008 e 2009 “e agora já engrenou”, salientou Lacerda. Além de projetos diretamente ligados à preservação do meio ambiente, são financiadas entidades que apresentem projetos estruturantes para geração de renda e novos padrões de desenvolvimento. O incentivo à agricultura orgânica é um dos campos incentivados.

Um dos projetos beneficiários dos recursos desembolsados pelo BNDES é o Fundo Kaiapó de Conservação de Terras Indígenas, do Fundo Brasileiro para Biodiversidade (Funbio). O projeto foi contratado em novembro de 2011, no valor de R$ 16,9 milhões em financiamento, dos quais R$ 7,2 já foram liberados. Para o Instituto Floresta Tropical (IFT), o projeto de disseminação e aprimoramento das técnicas de manejo florestal sustentável foi contratado em R$ 7,4 milhões, com desembolsos até agora de R$ 2,68 milhões.

Outro projeto, aprovado em janeiro de 2012, é o Bombeiros Florestais, do estado de Mato Grosso, no valor de R$ 12,6 milhões. Não houve ainda desembolsos. Além do governo da Noruega, as fontes dos recursos do Fundo Amazônia incluem o Banco de Desenvolvimento da Alemanha e a Petrobras.

Outro projeto do BNDES na área de meio ambiente que será apresentado na Rio+20 é o Fundo Clima. Segundo o responsável pela área, Guilherme Lacerda, a instituição está “insatisfeita” com a demanda para acessar os recursos disponíveis do fundo Clima, lançado no início deste ano. Até agora, foi registrada a entrada de apenas um projeto.

“Precisamos aumentar essa difusão para os setores potenciais que podem tomar [os empréstimos]”. Lacerda destacou que o fundo “tem recursos com taxas de juros atrativas, condições favoráveis, para projetos que atuem na perspectiva da redução de emissões de carbono e projetos inovadores, com mais eficiência, que reduzam a desertificação”.


Veiculo: http://www.oriobranco.net
Publicado em 01 de maio de 2012
Leia na integra: http://www.oriobranco.net/mundo/25732-fundo-amazonia-tem-projetos-aprovados-com-r-300-milhoes-em-financiamentos.html

Curso de Manejo Florestal de Pequena Escala é realizado em Itapiranga

O Governo do Estado por meio do Instituto de desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) realizaram nos dias 29 a 31 de maio. O “Curso de Manejo Florestal de Pequena Escala” aos marceneiros, moveleiros e agricultores familiares do município de Itapiranga (a 227 Km de Manaus).
O curso contou com aulas teóricas e práticas, ministradas pelo engenheiro florestal ,Jacob Vieira Nunes, que abordou temáticas de manejo florestal, processamento dos dados coletados em campo, romaneio, expedição de licença de operação, Autorização de Colheita Florestal (ACOF), Documento de Origem Florestal (DOF) e Cadastro Técnico Federal (CTF) e outros.

Veiculo: http://www.idam.am.gov.br
Publicado em 01 de junho de 2012
Leia na integra: http://www.idam.am.gov.br/noticiaInterna.php?codigo=1262