terça-feira, 20 de agosto de 2013

Problemas com armazenamento prejudicam produção de andiroba no Marajó



Com grande apelo no mercado de cosméticos e fitoterápicos, a andiroba coletada por comunidades extrativistas do arquipélago do Marajó, no Pará, enfrenta muitos problemas para chegar ao mercado. Segundo o relatório com os primeiros resultados do projeto de fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais (APL’s) da andiroba, elaborado pelo Instituto Peabiru, como parte do Programa Viva Marajó, o
armazenamento do produto in natura, a falta de políticas públicas específicas que regulamentem a atividade e a atuação de atravessadores, são grandes gargalos.

O documento foi construído a partir da participação de atores locais dos municípios de Afuá, Bagre, Chaves, Curralinho, Gurupá, Melgaço, Muaná, Portel, Soure e Salvaterra, no Marajó, e outras instituições parceiras, associações e sindicatos rurais, órgãos governamentais, ONGs e empresas. De acordo com Letícia Sales, representante do Conselho Nacional das Populações Extrativistas da Amazônia (CNS), é necessário pesquisas para melhorar o armazenamento e conseguir maior durabilidade do produto. “Existe um grande problema na produção da andiroba, ela estraga muito rápido”, destaca.

O relatório aponta que as dificuldades na conservação da semente e do óleo da andiroba implicam na regularidade da oferta e no volume reduzido da produção diante da demanda crescente de consumo, além de agregar pouco valor ao produto. Segundo Fortunato Brito, da Associação dos Moradores da Resex Mapuá (Amorema), a extração do óleo e o processamento são feitos de forma tradicional nas comunidades. “Nós extraímos o óleo e guardamos em casa, quando chega alguém querendo comprar, então vendemos”, conta.


Postado em 20 de agosto de 2013
Veículo: http://peabiru.org.br/
Leia na integra: http://peabiru.org.br/2013/08/16/problemas-com-armazenamento-prejudicam-producao-de-andiroba-no-marajo/

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