Para alguns povos e comunidades da Amazônia o extrativismo não é mais uma alternativa de subsistência e sim uma atividade lucrativa que age também como uma estratégia política de gestão ambiental e territorial. Povos indígenas, extrativistas e agricultores familiares do noroeste de Mato Grosso e sudeste de Rondônia produzem cerca de 500 toneladas de castanha-do-Brasil por safra, comercializadas, em média, a três reais o quilo. Hoje em dia a qualidade do produto é tão boa que já há compradores interessados em comercializar as amêndoas na Europa.
“Depois de anos investindo em infraestrutura e boas práticas, os povos da floresta com quem trabalhamos atingiram um alto padrão de qualidade na castanha-do-Brasil e já são referência na Amazônia”, explica Plácido Costa, coordenador do projeto Pacto das Águas, patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental e desenvolvido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Aripuanã.
“Estamos consolidando uma rede de parceiros institucionais, governamentais e até empresariais de onde surgiu a demanda de novos mercados para a castanha”, complementa. O projeto realiza ações de suporte à organização social de comunidades para o manejo e a comercialização de produtos florestais. São parceiros locais os povos indígenas Zoró e Rikbaktsa, além dos seringueiros da Reserva Extrativista Guariba - Roosevelt.
Para Costa, o investimento em infraestrutura e boas práticas permitiu que os parceiros passassem a produzir uma castanha de melhor qualidade, agregando valor ao produto. Com a ajuda de assessorias técnicas, esses povos conseguiram acessar novos mercados, garantindo que um preço justo pudesse ser pago aos extrativistas. Para se ter uma ideia, há dez anos, o preço pago pelos atravessadores oscilava entre R$ 0,50 e R$ 1,00. “Hoje em dia, com uma castanha de boa qualidade, o mercado para comercializar o produto não é um problema e o preço pago fica em torno de R$ 3,00 o quilo”, garante.
Sócrates Zoró, que faz parte do conselho da Associação do Povo Indígena Zoró (APIZ) afirma que o extrativismo foi uma boa alternativa para a comunidade, que por alguns anos tiveram uma experiência negativa com madeireiras. “A castanha é boa para a comunidade e não atrapalha que nem a madeira”, afirma a liderança que envolveu toda a família no recolhimento e seleção dos ouriços. “A gente trabalha junto, mas cada um fica com sua parte da produção”, completa.
Sócrates, em apenas um mês, já no final da safra deste ano, coletou 1.670 quilos de castanha que foram vendidos a R$ 2,50 o quilo. Sem abandonar suas roças, ele e muitos outros indígenas consorciam seus trabalhos agrícolas com a coleta da castanha no período das chuvas e a extração da seringa no período da seca. A seringa é uma segunda alternativa estimulada pelo Pacto das Águas que vem gerando bons rendimentos.
Esse apoio consolidado pelo Pacto das Águas vem despertando o interesse de outros povos indígenas, como os Arara, Gavião e Cinta-Larga. De acordo com Josias Gavião, seu povo, que divide a mesma terra indígena com o povo Arara, está em busca de alternativas eficientes de sustentabilidade, como a castanha e a seringa.
“Conhecemos o projeto por meio dos índios Zoró, gostamos da proposta de trabalho e vimos uma potencial parceria”, explica. Para não dar um passo maior que a perna, Josias se reuniu com membros da aldeia e fez uma proposta: coletarem o que conseguissem de ouriços para avaliarem o interesse dos indígenas. Em menos de um mês e praticamente sem estrutura conseguiram coletar cerca de 20 toneladas de castanhas.
“Nós mostramos que podemos fazer o extrativismo, mas também temos ciência de que temos que ter os pés no chão e darmos um passo de cada vez”, completa Josias. “Com assistência técnica e um pouco de infraestrutura temos certeza que estaremos dando os passos corretos na sustentabilidade”, finaliza.
“Depois de anos investindo em infraestrutura e boas práticas, os povos da floresta com quem trabalhamos atingiram um alto padrão de qualidade na castanha-do-Brasil e já são referência na Amazônia”, explica Plácido Costa, coordenador do projeto Pacto das Águas, patrocinado pela Petrobras, por meio do Programa Petrobras Ambiental e desenvolvido pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Aripuanã.
“Estamos consolidando uma rede de parceiros institucionais, governamentais e até empresariais de onde surgiu a demanda de novos mercados para a castanha”, complementa. O projeto realiza ações de suporte à organização social de comunidades para o manejo e a comercialização de produtos florestais. São parceiros locais os povos indígenas Zoró e Rikbaktsa, além dos seringueiros da Reserva Extrativista Guariba - Roosevelt.
Para Costa, o investimento em infraestrutura e boas práticas permitiu que os parceiros passassem a produzir uma castanha de melhor qualidade, agregando valor ao produto. Com a ajuda de assessorias técnicas, esses povos conseguiram acessar novos mercados, garantindo que um preço justo pudesse ser pago aos extrativistas. Para se ter uma ideia, há dez anos, o preço pago pelos atravessadores oscilava entre R$ 0,50 e R$ 1,00. “Hoje em dia, com uma castanha de boa qualidade, o mercado para comercializar o produto não é um problema e o preço pago fica em torno de R$ 3,00 o quilo”, garante.
Sócrates Zoró, que faz parte do conselho da Associação do Povo Indígena Zoró (APIZ) afirma que o extrativismo foi uma boa alternativa para a comunidade, que por alguns anos tiveram uma experiência negativa com madeireiras. “A castanha é boa para a comunidade e não atrapalha que nem a madeira”, afirma a liderança que envolveu toda a família no recolhimento e seleção dos ouriços. “A gente trabalha junto, mas cada um fica com sua parte da produção”, completa.
Sócrates, em apenas um mês, já no final da safra deste ano, coletou 1.670 quilos de castanha que foram vendidos a R$ 2,50 o quilo. Sem abandonar suas roças, ele e muitos outros indígenas consorciam seus trabalhos agrícolas com a coleta da castanha no período das chuvas e a extração da seringa no período da seca. A seringa é uma segunda alternativa estimulada pelo Pacto das Águas que vem gerando bons rendimentos.
Esse apoio consolidado pelo Pacto das Águas vem despertando o interesse de outros povos indígenas, como os Arara, Gavião e Cinta-Larga. De acordo com Josias Gavião, seu povo, que divide a mesma terra indígena com o povo Arara, está em busca de alternativas eficientes de sustentabilidade, como a castanha e a seringa.
“Conhecemos o projeto por meio dos índios Zoró, gostamos da proposta de trabalho e vimos uma potencial parceria”, explica. Para não dar um passo maior que a perna, Josias se reuniu com membros da aldeia e fez uma proposta: coletarem o que conseguissem de ouriços para avaliarem o interesse dos indígenas. Em menos de um mês e praticamente sem estrutura conseguiram coletar cerca de 20 toneladas de castanhas.
“Nós mostramos que podemos fazer o extrativismo, mas também temos ciência de que temos que ter os pés no chão e darmos um passo de cada vez”, completa Josias. “Com assistência técnica e um pouco de infraestrutura temos certeza que estaremos dando os passos corretos na sustentabilidade”, finaliza.
Veiculo: http://pactodasaguas.org.br
Publicado: 27 de julho de 2012
Leia na integra: http://pactodasaguas.org.br/?mod=54