quarta-feira, 18 de julho de 2012

Aumenta extração de produtos naturais no Amazonas

Por Milton de Oliveira
 
Extração ilegal de madeiras, areia, barro e seixo, seguidos das queimadas e do desmatamento ilegal ainda são os crimes ambientais mais registrados pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). Por conta da construção civil, a solicitação de autorização para retirada de areia, aumentou 40%. Esse é o balanço que o órgão fez do primeiro semestre deste ano.

Conforme o presidente do Ipaam, Antonio Ademir Stroski, a margem direita do rio Negro, nos municípios de Iranduba (a 25 quilômetros de Manaus), Manacapuru (a 84 quilômetros) e Novo Airão (a 115 quilômetros), está sendo monitorados para evitar a extração ilegal de areia. “O grande problema nessas áreas é o loteamento clandestino, a ocupação ilegal das terras. Então, as pessoas que forem adquirir terras do outro lado rio, procurem primeiro, saber da regularização do terreno junto aos municípios”, advertiu Stroski.

Ainda segundo o presidente do órgão ambiental, as rodovias AM 010, a Manaus Itacoatiara, e a BR 174, a Manaus Presidente Figueiredo, são outras áreas de onde são extraídas areia. E, as multas por práticas ilegais podem variar de R$ 500 a R$ 50 milhões. “A licença para a extração da areia tem um prazo de cinco anos. Tanto no leito de rio como em terra firme, é uma atividade licenciada pelo Ipaam. Portanto, o veículo que estiver transportando areia ilegal, tanto a areia como o caminhão é apreendido e leva multa, cujo valor varia conforme a gravidade”, ressaltou ele, acrescentando que há extrações ilegais, mas que o número delas ainda sendo apurado e que o Ipaam conta com a ajuda do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Stroki explicou que o Ipaam exige dos interessados, o Plano de Controle Ambiental, que vai permitir a recuperação da área em que foi retirada a areia, evitando assim, a supressão de vegetação e aberturas ilegais de ramais.

Para o presidente do Ipaam, os focos mais fortes da extração ilegal de madeira, estão no Sul do Estado do Amazonas, na divisa com Rondônia e poderão ser solucionados em parte, com a colocação de madeira legal no mercado, fruto de áreas de manejo florestal.

“Na atividade madeireira, por exemplo, existem casos em que o empresário ou o interessado procura fraudar o Documento de Origem Florestal, o DOF. Tem gente que licencia o plano de manejo e não o explora. Ao final, acaba fazendo um negócio, vendendo a licença. E, isso é monitorado”, falou.

Veiculo: http://amazonia.org.br
Fonte: A Crítica
Publicado em 17 de julho de 2012
Leia na integra: http://amazonia.org.br/2012/07/aumenta-extra%C3%A7%C3%A3o-de-produtos-naturais-no-amazonas/

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