Espalhada por 49 mil quilômetros quadrados, a Ilha do Marajó fica no norte do estado do Pará e é banhada pelo oceano Atlântico e por rios imensos, como o Amazonas. A paisagem combina áreas de mata fechada, com campos, várzeas e alagados; fazendas antigas e muitos rebanhos de búfalos.
No litoral do município de Salvaterra, no leste da ilha, os moradores vivem principalmente da pesca, de pequenos roçados e do aproveitamento de uma semente da floresta, que vem ganhando importância nos últimos anos: a andiroba. O produto rende um óleo vegetal procurado por indústrias de cosméticos.
A exploração da andiroba é ligada não apenas às florestas, mas também aos rios, lagos e igarapés. Um aproveitamento tradicional depende inclusive do movimento das marés. Com nome científico Carapa guianensis, a andirobeira cresce bem em terra firme, mas também gosta de baixadas e áreas alagadiças.
Um dos líderes do trabalho com a andiroba no município é João dos Anjos. Ele explica que rios da região são muito influenciados pelo sobe e desce das marés. O leito do Paracauari, por exemplo, aumenta bastante na maré cheia e as águas acabam invadindo a floresta, duas vezes por dia.
No leito do Paracauari, galhos, folhas e frutos são carregados pelas águas, inclusive as sementes de andiroba, também conhecidas como castanhas. O produto vai sendo levado pela correnteza até a boca do rio. Uma viagem lenta e constante em direção ao mar.
Postado em 17 de fevereiro de 2013
Veículo: http://marajoonline.com.brFonte: Globorural
Leia na integra: http://marajoonline.com.br/index.php/cooperativa-em-salvaterra-organiza-coleta-de-andiroba/
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