sexta-feira, 15 de março de 2013

Comunitários da Flona Tapajós poderão fabricar móveis com sobras de madeira manejada


Um estudo avaliativo do potencial de aproveitamento de resíduos da colheita florestal das atividades de manejo da Cooperativa Mista da Floresta Nacional do Tapajós (Coomflona), que é composta por comunitários da Unidade de Conservação, irá garantir o fornecimento de madeira de origem legal para a produção de móveis pelos comunitários da Floresta Nacional do Tapajós (FNT), e numa segunda etapa para a cadeia produtiva de móveis dos municípios de Santarém e Belterra, na região Oeste do Pará.

A pesquisa, intitulada “Quantificação e agregação de valor ao resíduo florestal para uso em movelaria na Florestal Nacional do Tapajós”, vem sendo desenvolvido por Renato Bezerra da Silva Ribeiro, ex-aluno da então UFRA Tapajós, em Santarém, hoje, UFOPA, e atualmente mestrando em Ciência Florestal da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Com supervisão do Prof. Dr. João Ricardo Vasconcellos Gama, do Instituto de Biodiversidade e Florestas (IBEF/UFOPA), os dados da pesquisa serão apresentados na UFOPA, no dia 12 de março, na sala 109 do Bloco de Salas Especiais, no Campus Tapajós, às 16h.

A ideia de maximizar o uso da madeira a partir do aproveitamento de 1.546,8 m³ de resíduos, isto é, de toda a “galhada” das 21 espécies da floresta, surgiu no ano de 2011, quando o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) incentivou a formação de um grupo de trabalho para desenvolver Ações de Apoio à Cadeia Produtiva Comunitária de Móveis na FNT. “Foi dentro deste grupo que nós decidimos desenvolver uma metodologia que fornecesse informações técnicas e seguras para o manejo deste resíduo. O estudo e o interesse da Coomflona casaram com a minha entrada no curso de mestrado”, lembra Renato Ribeiro.

Segundo Dárlison Andrade, analista ambiental do ICMBio na Floresta Nacional do Tapajós, o grupo de apoio às movelarias percebeu algumas necessidades urgentes quanto ao uso da matéria-prima florestal por parte dos comunitários. “Eles precisavam de matéria-prima com origem legal para trabalhar em suas movelarias. Por conta disso, viabilizamos, dentro do plano de manejo da Coomflona, que já está licenciado há mais de sete anos, a possibilidade de trabalhar o resíduo da colheita florestal. Então, junto com o Renato e com o João Ricardo, pensamos este estudo, que poderá, em curto espaço de tempo, gerar informações e indicadores que permitam o aproveitamento do resíduo florestal com viabilidade econômica e ambiental”, explica o analista.

Postado em 12 de março de 2013
Veículo: http://www.ufopa.edu.br
Foto: http://www.ufopa.edu.br
Leia na integra: http://www.ufopa.edu.br/noticias/2013/marco/comunitarios-da-flona-tapajos-poderao-fabricar-moveis-com-sobras-de-madeira-manejada

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