Vista de uma clareira típica de desmatamento para plantio de roça. |
Segundo o pesquisador Beto Veríssimo, o volume de madeira produzido no Estado caiu pela metade nos últimos 15 anos, de 28 milhões de metros cúbicos/ano para algo em torno de 13 milhões. "O problema é que isso ainda é um número muito alto, e tem muita atividade ilegal envolvida nisso", diz.
Diferentemente do desmatamento, que envolve a remoção completa da floresta e pode ser detectado do espaço com relativa facilidade, a exploração ilegal de madeira deixa cicatrizes relativamente pequenas na floresta, difíceis de serem detectadas em imagens de satélite. O impacto ambiental que causa no ecossistema florestal, porém, é imenso. "Quando você anda na mata fica claro que a floresta está muito machucada", relata Veríssimo.
Os buracos abertos no dossel permitem a penetração de luz e o vazamento de umidade do interior da floresta, deixando-a mais seca, mais "rala" e mais vulnerável ao fogo – e à ação do homem. "Áreas com exploração madeireira são fortes candidatas a serem desmatadas no futuro", afirma Veríssimo.
O que fica para trás é uma floresta degradada, que pega fogo com frequência e leva anos para se recompor, segundo o pesquisador Dalton Valeriano, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, responsável pelo monitoramento da Amazônia.
Estimativas. A área total de floresta degradada na Amazônia, segundo Valeriano, pode ser duas vezes maior do que a desmatada. O Inpe só passou a produzir estatísticas anuais de degradação em 2007, por meio de um programa chamado Degrad. Os dados mostram que a taxa anual de degradação caiu de 2007 para 2010, a exemplo do desmatamento, só que com áreas degradadas sempre maiores do que as desmatadas.
Os buracos abertos no dossel permitem a penetração de luz e o vazamento de umidade do interior da floresta, deixando-a mais seca, mais "rala" e mais vulnerável ao fogo – e à ação do homem. "Áreas com exploração madeireira são fortes candidatas a serem desmatadas no futuro", afirma Veríssimo.
O que fica para trás é uma floresta degradada, que pega fogo com frequência e leva anos para se recompor, segundo o pesquisador Dalton Valeriano, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, responsável pelo monitoramento da Amazônia.
Estimativas. A área total de floresta degradada na Amazônia, segundo Valeriano, pode ser duas vezes maior do que a desmatada. O Inpe só passou a produzir estatísticas anuais de degradação em 2007, por meio de um programa chamado Degrad. Os dados mostram que a taxa anual de degradação caiu de 2007 para 2010, a exemplo do desmatamento, só que com áreas degradadas sempre maiores do que as desmatadas.
Publicado em 23 de novembro de 2013
http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,degradacao-deixa-floresta-fragilizada-e-vulneravel-ao-fogo,1099863,0.htm
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