O Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), ONG que ajudou na formatação do Bolsa-Floresta (R$ 50 pagos aos ribeirinhos que preservarem a floresta), afirmou que apenas pouco mais da metade das 6.800 bolsas cadastradas desde maio do ano passado estão sendo pagas. O Bolsa-Floresta era gerido pelo governo do Estado, mas, desde o ano passado, é gerido pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), uma organização privada.
"Temos pessoas do GTA monitorando e morando em todas as 14 Unidades de Conservação (UCs) que o Bolsa-Floresta Família abrangeria, e as bolsas não chegam nem a 4 mil famílias em apenas 9 UCs", afirmou o coordenador do GTA no Amazonas, Francisco Aginaldo Queiroz. "E, mesmo as que são pagas, não têm uma rotina. Às vezes, ficam meses sem pagar, enquanto a folha de pagamento de funcionários da FAS é superior a R$ 4 milhões anuais".
A FAS foi criada pelo ex-governador Eduardo Braga e pelo seu ex-secretário de Meio Ambiente, Virgílio Viana. A FAS conta com uma base financeira milionária: pelo menos R$ 60 milhões em caixa, parte doado pelo governo do Estado, e mais que o dobro para receber nos próximos anos de um banco e de entidades de defesa do meio ambiente estrangeiras.
Segundo o superintendente da FAS, Virgílio Viana, a denúncia é fruto de "intrigas por motivação político-partidária". "O GTA fez parte das primeiras reuniões de brainstorming do Bolsa Floresta, mas se desligou e não tem legitimidade para criticar".
Ainda de acordo com o coordenador do GTA, outro dos quatro programas do Bolsa-Floresta, o Bolsa-Associação, só foi pago em 2008. O Bolsa-Floresta é composto de quatro programas: Família, Associação, Renda e Social. "O Social construiu só seis escolas em UCs, mesmo com os milhões recebidos."
Veiculo: http://informeamazonico.blogspot.com.br
Publicado em 13 de maio de 2012
Leia na integra em: http://informeamazonico.blogspot.com.br/2012/05/materia-do-estadao-sobre-fas.html
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